Dos nove profissionais brasileiros na corrida olímpica, três são jogadores revelados pelo São Fernando
Ao lado, Victoria Lovelady, profissional revelada no São Fernando. Foto: Tristan Jones/LET
Com o 14º lugar no Open Generali de Dinard, do LET Access Series, o circuito de acesso do Tour Europeu Feminino, na França, a profissional paulista Victoria Alimonda Lovelady, do São Fernando, conquistou seus primeiros pontos para o ranking mundial de golfe feminino e entrou na disputa pela vaga para representar o Brasil nos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016. Agora, dos nove brasileiros com pontos no ranking mundial – seis homens e três mulheres – três são jogadores formados e revelados no São Fernando, que confirma assim sua tradição de celeiro de talentos para o golfe brasileiro.
Além de Victoria Lovelady, que hoje usa profissionalmente o nome de casada, mas sempre foi conhecida no clube por Vicky Alimonda, o São Fernando tem outros dois jogadores no ranking mundial profissional e também na disputa por uma vaga olímpica. Eles são Alexandre Rocha, o profissional brasileiro com melhores resultados no circuito mundial dos últimos 30 anos, e Rafa Becker, que se tornou o primeiro brasileiro a vencer um torneio organizado pelo PGA Tour dos EUA ao conquistar o Aberto do Brasil de 2014, válido para o PGA Tour Latinoamérica.
Hole-in-one – Além de marcar seus primeiros pontos para o ranking mundial no torneio da França, onde somou 212 (71-70-71) tacadas, Vicky fez o primeiro hole-in-one de sua carreira naquele evento, disputado no campo do Generali de Dinard, ao embocar de primeira no buraco 9, de 155 jardas, no dia de treino. Uma semana que a jogadora do São Fernando não vai esquecer tão cedo.
Com o resultado do torneio, Vicky ganhou 0,20 ponto, o que lhe deu a média de 0,01 (divisor mínimo de 20) e a colocou na 926º colocação do ranking mundial de golfe. Hoje, quem estaria classificada para representar o Brasil nos Jogos do Rio seria a alemã Miriam Nagl, que nasceu no Paraná e tem dupla cidadania. Ela vem na 694ª colocação do ranking, como melhor brasileira, com 0,03 de média. Nagl está parada há quase um ano, por causa da gravidez e para cuidar da filha nascida em janeiro, mas pretende voltar a competir nas próxima semanas.
Miriam aparece na lista olímpica na vaga reservada ao país sede, uma vez que para estar por conta própria entre as 60 golfistas que jogarão no Rio, sem depender do convite, seria preciso estar hoje entre as 450 do mundo. A vaga reservada ao Brasil é para quem estiver melhor no ranking entre as brasileiras em julho de 2016, e até lá todas tem chances. Além de Vicky, Luciane Lee, 782ª do mundo, com 0,02 ponto de média, é outra concorrente à vaga. Ela joga sua temporada de estreia no Symetra Tour, o circuito de acesso ao LPGA Tour, dos EUA.
Brasileiros no Ranking Mundial |
||
Col. |
Nome |
Média |
Feminino |
||
694 |
Miriam Nagl |
0.03 |
782 |
Luciane Lee |
0.02 |
926 |
Victoria Lovelady |
0.01 |
Masculino |
||
274 |
Adilson da Silva |
0.64 |
668 |
Rafael Becker |
0.17 |
686 |
Lucas Lee |
0.16 |
893 |
Alexandre Rocha |
0.09 |
915 |
Fernando Mechereffe |
0.08 |
1430 |
Ronaldo Francisco |
0.01 |
Ricardo Fonseca
Assessoria de Imprensa
golfe.ricardo@gmail.com